Como treinar um modelo para classificar atestados no RH

Por BuildBase

14 de dezembro de 2025

A automação de fluxos de recursos humanos avançou significativamente com o uso de modelos de aprendizado de máquina. Entre os casos mais sensíveis está a classificação automática de atestados médicos, que exige precisão técnica, rastreabilidade e respeito à privacidade.

Classificar atestados não significa apenas identificar se o documento é válido ou não. Envolve reconhecer tipos de afastamento, duração, consistência de informações e aderência a políticas internas.

Esse processo depende de uma cadeia técnica bem definida, que começa na coleta de dados e passa por OCR, engenharia de atributos e avaliação rigorosa do modelo.

Quando bem implementada, a solução reduz trabalho manual no RH, acelera decisões e mantém conformidade legal e ética, mesmo em ambientes com grande volume documental.

 

Definição do problema e rotulagem de dados

O primeiro passo para classificar um comprar atestado é definir claramente o objetivo do modelo. Classificação binária, multiclasses ou priorização são abordagens distintas.

Com o problema definido, a criação de um dataset rotulado torna-se crítica. Os rótulos devem refletir critérios reais do RH, como tipo de afastamento, conformidade ou necessidade de revisão manual.

A qualidade da rotulagem impacta diretamente o desempenho do modelo. Ambiguidade nos rótulos gera ruído e reduz a capacidade de generalização.

 

Coleta segura e preparação do dataset

O dataset de atestado online deve ser coletado com atenção à privacidade, utilizando anonimização e minimização de dados sempre que possível.

Informações sensíveis, como diagnóstico, podem ser mascaradas ou excluídas se não forem essenciais para a classificação. Isso reduz riscos legais e éticos.

A padronização dos arquivos, incluindo formato e resolução, facilita etapas posteriores de processamento. Dados inconsistentes aumentam falhas no OCR e no modelo.

Uma boa preparação reduz retrabalho e melhora a eficiência do pipeline de treinamento.

 

Extração de texto via OCR e pré-processamento

Antes da classificação, o conteúdo do comprar atestado online precisa ser convertido em texto estruturado por meio de OCR (Optical Character Recognition, reconhecimento óptico de caracteres).

O pré-processamento inclui correção de erros comuns, normalização de datas, remoção de ruído e identificação de campos-chave, como período de afastamento e identificação do profissional.

Erros nessa etapa propagam-se para o modelo, comprometendo a classificação. Por isso, é comum combinar OCR com regras heurísticas.

Quanto mais consistente o texto extraído, mais simples se torna a modelagem posterior.

 

Engenharia de features e validação de consistência

A classificação do atestado comprado depende de features bem construídas. Essas variáveis representam padrões relevantes para o modelo.

Exemplos incluem duração do afastamento, coerência entre datas, presença de assinatura válida e frequência histórica de emissões.

Features de consistência ajudam a identificar anomalias sem analisar conteúdo clínico. Isso preserva privacidade e aumenta robustez.

A combinação de features textuais e estruturais tende a gerar melhores resultados do que o uso isolado de um único tipo.

 

Escolha do modelo e métricas de avaliação

Para classificar um atestado comprar, modelos como regressão logística, árvores de decisão e redes neurais podem ser utilizados, dependendo da complexidade do problema.

A escolha deve considerar interpretabilidade, custo computacional e facilidade de auditoria. Em RH, modelos explicáveis costumam ser preferíveis.

Métricas como precisão, recall e F1-score devem ser analisadas em conjunto, especialmente para evitar falsos negativos críticos.

A validação cruzada e testes em dados reais garantem que o modelo funcione fora do ambiente de treinamento.

 

Implantação com foco em privacidade e governança

A implantação do modelo em fluxos de RH exige controles claros de acesso, registro de decisões e possibilidade de revisão humana.

O modelo deve atuar como apoio à decisão, não como autoridade absoluta. Casos limítrofes precisam de intervenção manual.

Com governança adequada, a classificação automatizada de atestados se torna uma ferramenta confiável, escalável e alinhada às exigências legais e éticas do uso de inteligência artificial.

 

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